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THE TWILIGHT VOID 1995 - 2000

Fragmentos 
De Uma Banda Psicadélica
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DESCARGA PSICADÉLICA 1994 - 1996

As origens do projeto remontam a Setembro de 1994, altura em que Rui Martins (bateria), Ricardo Santos (guitarra) e Luís Marques (teclado) se juntam para tentar criar  a sua estirpe de psicadelismo baseada na improvisação electro-acústica, com influências Pink Floyd e mais tarde de Stockhousen. 

Em 1995, as primeiras linhas gerais desenvolvem-se em torno do experimentalismo eléctrico e o projeto assume o nome de "Lysergic Sounds of Dawn". O trio amplificava objectos como metais, copos e tubos, usando nas cordas da guitarra arco de violino, moedas e cartões de plástico, entre outros. Tudo isto que juntamente com fumo e as luzes de sequenciador e do strobe, criavam o ambiente das sessões semanais de sons e ritmos.

 

Estreia na Escola António Arroio 1996

Embora ainda com uma sonoridade disconexa e amadora, os primeiros temas não eram mais que experiências improvisadas, de paragens abruptas, e de abordagem rápida e pesada, sem estrutura nem refrão.

Junto da banda instala-se a ideia de que a apresentação de uma linguagem tão estranha e abstrata só seria compreendida num contexto visual propício, através do uso de luzes e projeções. Apesar das muitas ideias, a escassez de meios não permitiu trilhar esse caminho, acabando mesmo por ser um factor inibidor do número de prestações ao vivo.

 

 

O primeiro concerto deu-se em Fevereiro de 1996, na festa de carnaval da escola Artística António Arroio. Os "Lysergic" abriram a noite com três experiências semi improvisadas, numa descarga psicadélica que certamente não deixou ninguém indiferente. O contexto de uma artístico parecia de facto ser o local mais propício para aquele tipo de experimentalismo. 

O evento foi registado em vídeo pelos alunos do núcleo de audiovisuais da escola.

 

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Lysergic Sounds Of Dawn (1994)

THE TWILIGHT VOID - A Primeira Demo Tape

Embora as origens do projeto remontem a 1994 só em 1997 é que é gravada a primeira demo tape.

Esse ano regista uma evolução no som, e a banda muda de nome para The Twilight Void, na busca por uma identidade ainda experimental e elétrica, mas menos improvisada e abstrata.

O som obtido apartir de uma camcorder apresenta, à semelhança do período anterior, composições cruas, divididas por duas ou mais partes distintas, centradas no conceito de viagem, contínua, intensa e obscura onde a paisagem sonora nunca se repete. Embora a prestação continue evidentemente amadora, já se notam os traços distintos do projeto: bateria pesada e percussiva por cima da guitarra cortante, com delay e sem distorção, envolvidos pelo teclado simples e agressivo. O tema "Infinity", título da maquete, impõem-se como símbolo do que se pretendia para a projeto, especialmente a parte que culmina aos 03:30 minutos.

Embora a orientação predominantemente sónica e experimental daquele ano, os T.T.V. tentam sair do formato instrumental, com a inclusão de músicas cantadas, calmas, e de estrutura melódica e convencional, mas que tiveram pouca expressão no projeto. Destas destacam-se as nostálgicas "Anachronic Sense of Time" e "Welcome to the Eclipse", mas como nenhum dos membros quis assumir os vocais, o trio tenta sem sucesso, integrar uma vocalista e ou baixista. 

Marquês da Sé 1997

No auge da era psicadélica dos T.T.V. a demo foi aceite no "Festival Tocabrir" e a banda foi seleccionada, para tocar na semana da juventude de Lisboa 1997 (iniciativa da C.M.L.). O concerto teve lugar no extinto; "Marquês Rock Club" no Marquês da Sé em Lisboa, numa noite onde, os Twilight surpreendem com a sua descarga sonora.

No mesmo ano fazem uma pequena apresentação conjunta com amigos "Atomic Bees" no Pinheiro de Loures. Banda constituída por: Rita Pereira (Rita Redshoes), Bruno Pereira (Sr. Vulcão), Carlos Abreu e Filipe Monteiro (Márcia/Tomara).

A Viragem Musical

1998 é um ano importante para os T.T.V. que começa com uma viragem musical, em que o experimentalismo se funde com algumas influências de rock progressivo e de música clássica, sempre torno do conceito de viajem sonora. Novas músicas emergem, mas a maquete "Into An Arch Of Light (Harrabibi)" gravada da mesma forma que a primeira, conta com apenas duas novas versões de músicas anteriores: "Lysergic Birds" e "Into an Arch Of Light", a antiga "Harrabibi". As restantes faixas compostas nesse ano: "JazzValsa", "Cool Lake" e "Psyco", são tocadas ao vivo mas nunca chegam a ser gravadas em demo tape.

VIII Festival de Música de Loures 1998

Com essa maquete, os Twilight Void são aceites no IV Festival de Música Moderna de Loures, cujo  júri contou com nomes potencialmente favoráveis a géneros fora do mainstream: o radialista António Sérgio, o músico João Peste (Pop Del Arte) e Rui Miguel Abreu (actual jornalista do Blitz) na altura representante da Valentim de Carvalho. A primeira eliminatória em que os T.T.V. participaram, teve lugar no Grupo desportivo do Águias de Camarate, e embora com problemas técnicos, a banda vence a noite e passa à final.

A final do festival teve lugar no ring desportivo da Póvoa de Santo Adrião em Odivelas (na altura ainda pertencente a Loures), e foi disputada com os "Worst Than Noise" e os "Atomic Bees" com Rita Pereira nos vocais (mais tarde Rita Red Shoes) que a venceram com distinção e lhes permitiu gravar um registo de estreia. Os Twilight Void partilham o segundo lugar exequo com os "Worst Than Noise" numa noite finalizada por Ornatos Violeta.

 

O segundo prémio permitiu a compra do sampler Akai 2000, que abriu a porta para novos ambientes (como a experiência "Golden River") mas cuja aplicação prática foi não chega a ser devidamente 

explorada. Em 2000, esse sampler foi vendido ao baterista Samuel Palitos (Censurados, Megafone).

Blue Sun - O Registo Oficial

A orientação musical puramente experimental e psicadélica começava agora a dar lugar uma

abordagem mais conceptual, pensada como banda sonora de imagens complementares ao ambiente instrumental.

O ano começa com a integração do quarto elemento: o então baixista Miguel Oliveira, (hoje o Chef Miguel Vaz Oliveira), cujo contributo possibilitou ao projeto a sonoridade mais estruturada da maquete de 1999. Considerada pela banda como o registo oficial, "Blue Sun" tenta de forma ambiciosa, fundir influências ambientais épicas com o rock experimental psicadélico. Deveria ter sido o primeiro passo para algo, mas acabou por ser o último.

"Lysergic" e "Blue Sun" foram gravadas em quatro pistas, em apenas três takes. Mais tarde, em 2003 a demo é masterizada, e são adicionadas pistas de efeitos e reforço. É também adicionada a segunda música "Eclipse" gravada por Ricardo Santos em 1998, também remixada. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BLUE SUN (Demo Tape)

01 "Lysergic" Tema que acompanha a banda desde o seu início, na sua terceira e última versão de 1999.

02 "Eclipse" Gravado em 1998 por Ricardos Santos, baseado em "Welcome to The Eclipse". de 1997. *

03 "Blue Sun" Tema conceptual composto em 1999 (foto Rui Martins: Zambujeira).

Gravado em 1999 (excepto *) por: Rui Martins / Ricardo Santo / Luís Marques / Miguel Oliveira

Editado e Remisturado em 2003 por Rui Martins.

 
IX Festival de Música de Loures 1999

"Blue Sun" valeu-lhes a participação no V Festival de Música Moderna de Loures 1999

mas com resultados ficaram muito aquém das expectativas.

 

Cabeço de Montachique

Em maio, a banda é convidada pela C.M de Loures para realizar um concerto em nome próprio no Parque Municipal do Cabeço de Montachique, pela Semana da Juventude e que resultou na bootleg de três temas"Live Sun".  Posteriormente, Miguel Vaz Oliveira sai para ingressar noutro projeto musical.

Em 2000 seguinte a banda cessará atividade sem mais espectáculos. "Live Sun" acabou por ser a última performance ao vivo, não apenas do quarteto, mas da banda. Incógnitos a esse facto, os T.T.V. retomam a busca por um novo quarto elemento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Wintertime Changes

Por meados de Setembro desse de 1999 é levada a cabo uma derradeira tentativa para incluir outro elemento. Desta vez na voz de Susana Simplício, cuja participação esteve apenas limitada à experiências nos vocais de "Wintertime Changes", que nunca chega a ser oficialmente gravada. 

"Wintertime" seria provavelmente o registo mais comercial até então e, por esta altura, já muito distante da fase experimental de 1995 -1998. Esta cedência à comercialidade polarizou a discussão sobre o que se pretendia do projecto.

Finito!
 

Entre finais de 1999 até meados de 2000 é levado a cabo um último esforço com ênfanse na electrónica, mas por essa altura, as dificuldades e as questões internas acabam por ditar o final da banda sem nunca terem conseguido um registo de estúdio condigno. Para os dois elementos que ainda continuaram a fazer música por mais de uma década, as ambições e experiências, moldaram definitivamente a maneira de pensar e fazer, expressos nos trabalhos seguintes.

Os Anos 2000

 

Em 2001, o baterista Rui Martins grava novas versões de algumas faixas desses anos, a que se juntará o guitarrista Ricardo Santos para composição de novo material. Desse novo material resultará em 2003,

o registo de estreia dos T.T.V. com o nome de "Equinox". Entre 2002 e 2012 o duo compôs e gravou seis trabalhos sob o nome The Twilight Void, o penúltimo "Rebirth" com Susana Simplício nos vocais.

INFINITY  Demo Tape 1997
BLUE SUN  Demo Tape 1999
Wintertime Changes (2000)
INTO AN ARCH OF LIGHT (Harrabibi) Demo Tape 1998
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LYSERGIC SOUNDS OF DAWN 1994 - 1996
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